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6.5.14

estar dentro e estar fora

arte não é só imaginação
nem somente razão
se faz numa soma
e ao mesmo tempo negação

segue para além disso
distante de concepções dualistas
navegando por outros planetas
antes inabitados em nós mesmos

dialoga entre a objetividade e a fantasia
livre para intervir entre os caminhos
criando uma outra possibilidade
de se conceber e de se fazer a vida

9.2.14

perceber arte

Ciudad Vieja, Montevideo
mais difícil que fazer arte
é perceber arte
em pequenas coisas
dispersas..

qualquer som
pode fazer parte
de uma música

tal como
qualquer cor
pode compor
uma paisagem

quando o interlocutor
é livre

6.11.12

pela experiência livre

minha arte é uma vivência libertária
para os de consciência e experiência aberta

os julgadores e teleguiados
não compreendem sequer uma gota do que faço
me comparam a sua imagem e semelhança
tão pequenos e medíocres...


poucos são os que procuram olhar além
ao entender que para saber é preciso saborear
e que a arte de experimentação é livre
(isso depende que o público seja livre também)

cansado disso, decido
ignorar o que vem da ignorância

19.1.12

arte é risco

arte é risco - então risque e arrisque, que é pra já!

20.9.11

criação: segurança e acaso

a anotação de uma música ou a escrita de um texto, são tentativas de se guardar sensações e percepções momentâneas, como numa foto, para que se possa recordar..

a criação e edição de arte dentro de casa se configura com características de abrigo, segurança, numa estética do previsível, do combinado, da ideia de perfeição

quando se utiliza um espaço imprevisível para criação, como na rua, já se configura com características de imperfeições, acasos, interferências e ruídos estranhos, no sentido contrário da produção em estúdio

isso faz toda a diferença, dando um aspecto mais autêntico e real, dialogando diretamente com o espaço público.

16.6.11

arte e corpo

encaro a criação de arte como um processo resultante da relação entre o corpo-subjetivo e o corpo-instrumento, sentindo e experimentando livremente, dispensando intermédios teóricos, estéticos ou conceituais..

os modelos previamente estabelecidos interrompem com a espontaneidade e a identidade subjetiva individual, transformando a arte em meio de produção alienado (não-nosso) nos distancia de nossa criação, sendo o resultado algo alheio..

não acho que a composição artística seja somente uma questão de apreciação egoísta, mas algo imerso em valores, onde cada paradigma utilizado representa conceitos a ele agregados, que lhe afetam e o tornam um dispositivo afetante..
toda arte exerce uma ação no ouvinte que não é somente de agrado, há sensações e ideologias imersas a produção e reprodução..

cada artista utiliza de prerrogativas de composição, resultantes de vivências subjetivas e da relação do interno com o externo.. dessas vivências agregam-se valores e conceitos, podendo se reproduzir em musica, escrita, filosofia, pintura, ou qualquer outra manifestação humana..

neste sentido, arte e música se faz com corpo todo, sendo puro reflexo do corpo.. essa arte que incentiva a liberdade não é arte para massas, mas para pequenos grupos de pessoas, para os que se identificarem com a energia e a vibração dela..

para a liberdade de criação, execução e escuta.. contrária a ideologia de mercado ou padrões, pode parecer absurdo, mas estamos desacostumados..

4.5.11

entre trechos e acasos


sonoridades, improvisos, trechos e acasos..
criando e re-criando conceitos de arte e de vida,
sem importar com expectativas de mercado ou da pseudo elite-intelectual

5.11.10

como se faz arte?

a resposta a pergunta de 'como se faz arte?' pode ser relacionada a de 'como se faz a vida?', são perguntas que não se tem respostas prontas, pois são feitas por pessoas - com ideias, sentimentos, conceitos e valores, que estão constantemente em mutação..

não há que se tentar estabelecer um padrão ou uma norma, cada um é livre para criar seus modos de arte e de vida. se tentar padronizar como a arte é ou 'deve' ser feita, é o mesmo que normatizar como se deve viver, ser e agir.

e é isso o que o mercado quer: provocar uma colonização cultural para servirmos a uma força alheia, sem que tenhamos consciência de sua ação sobre nós. qualquer ideia de padronização ou normatização, está contra a possibilidade de ser livre, ou como queira..

11.9.10

culturas e julgamentos

já passou a hora de largar mão dos julgamentos de valor
que se usam cotidianamente para classificar os diferentes modos de vida
                                                e as diferentes possibilidades de ser..

a produção artística - tal como a vida,
deve ser encarada em seu processo antropológico:
uma produção de subjetividade inserida num espaço geográfico,
num tempo histórico, com certa condição econômica,
e todo o entorno..

ela representa diferentes maneiras de inserção dos seres no mundo
e suas possibilidades subjetivas de expressão

24.8.10

arte e vida

minha arte não tem nada a ver com o mercado cultural,
nem com a arte "pseudo-cult"
sigo livre e autêntico
a margem de toda essa parafernalha..

em processos de vir-a-ser
e experimentar possibilidades de arte
sem negar meu devir, minha condição espacial,
histórica e econômica

não tenho condições de oferecer arte de qualidade
e nem busco isso, pois arte não é "ISO novemil e tantos"..
não preciso de conceitos prontos, eu mesmo escolho a minha arte e vida..
.

8.8.10

último tango em convulsão

animas sabem viver,
não pensam e não lidam com dinheiro
enquanto as pessoas fingem ser o que não são
e vivem fazendo o que nem sabem porque
atrás de desejos que não chegam em nada
personificando coisas e coisificando pessoas..

quem vive a vida
não precisa se preocupar com a morte
e solta de si o de mais podre

me coloco numa expressão abstrata
tão fragmentada e múltipla quanto a mim
quando minha escrita não tiver compromisso
nem comigo - aí sim - ela será livre

5.4.10

por uma arte e vida livre

padrões, conceitos e valores de vida alheios
foram adestrados e condicionados em nosso dia-a-dia
a estrutura cidade nos habitou e nos conduziu
de repente, nem sabemos quem somos ao olharmos no espelho
vemos rostos e manchas, seres fragmentados..

somos uma mistura de povos que tenta reproduzir padrões culturais enlatados, não-nossos, pois fomos todos colonizados, toda nossa cultura valores..
os modos de vida, as escolas, a arte, a arquitetura, a filosofia, as leis, a religião.. tudo chegou pronto e foi apresentado como correto, único, verdadeiro e bom..
e fomos fracos, concordamos e aceitamos sem críticas ou questionamentos..
toda nossa condição artística, cultural, intelectual e material
foi negada para alocar uma reprodução dos valores europeus e estadunidenses
fomos e continuamos sendo explorados..

os pequenos grupos de pseudo-intelectuais
estão preocupados com o que acontece e o que é produzido fora daqui
seja em arte, em filosofia, em tecnologia, moda ou estilos vida
poucos ou nenhum deles se importam com as carências e necessidades de nossa terra,
de onde nascemos e vivemos, mesmo sendo descendentes, miscigenados e multiétnicos..
assinam nossa sentença de primitivos culturalmente,
nos inferiorizando como incapacitados de criar valores e estética
e o que é criado de cultura de onde vivemos não é valorizado onde vivemos..
no passado não percebemos como esses mecanismos interferiram nas relações cotidianas,
mas hoje estamos começando a entender as histórias e os fatos

já é hora de lançar mão desses moldes de como deve ser feita a arte e a vida
e fazê-las ao nosso modo, criar nossos conceitos e valores próprios
deixar de fazer essa arte para exportação, alienada e submissa
começar a olhar para nós mesmos, para fazer a nossa arte
o que estamos sendo, pois não somos nada pronto


a criação artística é livre, sua linguagem e sua estética
não deve se submeter a nenhum tipo de ordem ou regra
ela se faz para ao povo que a cria e não para interesses de mercado

17.10.09

fotos em preto e branco - binário





21.7.09

ar riscando

ando movendo riscos
tanto quanto o ar
que mescla nuvens
no vai e vem
- abstratos

cenas lá
cenas si menor
seja dia
seja noite
ou Y

é invisível,
mas a gente sente

18.7.09

leitura, vida e silêncio

tal como a leitura
a escrita precisa também
de silêncios
espaços
pausas
nadas


tempos para que o leitor
se sinta enquanto lê
e perceba também
a distinção
entre o livro
e si mesmo

entre os pensamentos
e sentimentos
riscados no livro
e seus próprios

chave para a porta interior

musica gravada por 'olhos raio-x' (roney lacerda e bruno carrasco)
em junho de 2007 | video feito por bruno, 2009

8.7.09

meristema apical

simples variações de notas, entre lá e si, onde foram surgindo improvisos livres
com a primeira gravação, fiz a segunda.. escutando as duas saiu a terceira e assim a quarta..
somado as cenas em pb (binário), abstratos que vão se compondo, tal como a musica flui..

25.6.09

setas no ar

..belas neblinas
onde se enrolam e se desenrolam
sentem e experimentam fluidos

vidas, lugares,
momentos..

que a brisa soe leve
em seus galhos
com ares de camomila

belas palavras
não compõem caminhos,
muitas vezes
o que mais vale
é o silencio

5.12.07

trechos existenciais (2007)

as palavras hão de sair do papel e voar...
minha vida é minha culpa
minha poesia é anti-poética
quer derreter a noção de comum

na real nem faço poesia porque isso é um saco
minha arte rima com sujeira e ar de diferente

(junho-outubro de 2007)
ler online / download

10.7.07

trechos

a mente é programada, a vida afetada, o sentimento silenciado, o existir limitado..
herdamos doenças psíquicas e fatalidades de nossos pais, avós, sociedade, cultura, escola, vizinhos, amigos, primos ... herdamos tampões nos olhos e nebulosas na mente

aquelas frases prontas, aqueles olhares, aqueles risos, aquelas maneiras de agir em cada momento, aquelas prontas, que não me pertencem, que me tomam conta em certas situações das quais desgosto
ser ou não ser não é a questão, há muito mais o que viver do que comprar.. fácil é gostar de quem gosta do que gosta, de quem acredita no que acredita, quero ver cagar no mato, cair de cara, sacar o jogo, vencer o risco..

pense o que quiser, concorde, discorde, cuspa, chute, publique com teu nome, com nome falso, sem nome
convido-te a quebrar as idéias de direitos autorais e todas essas tralhas que regram a escrita a arte e a vida

.

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