minha vida é minha culpa
minha poesia é anti-poética
quer derreter a noção de comum
na real nem faço poesia porque isso é um saco
[hoje cedo meu pensamento
vai plantar bananeiras no ar]
me poupar, este sim têm tornado meu ofício
cada vez mais forte comigo mesmo
as palavras hão de sair do papel e voar...
minha vida é minha culpa
minha poesia é anti-poética
quer derreter a noção de comum
na real eu nem faço poesia porque isso é um saco
minha arte é O RISCO
rima com sujeira e ar de diferente
a vida é muda e a gente muda
desapropriado de si, sem cultura e sem história
acho péssimo ter que pensar igual gente,
esse ser burocrático que o humano se tornou
quer voar? cria asas!
as coisas são de ninguém
e de todos também
estou para-além deste texto
para cuspir, pular, criar cultura e voar
para além do que se escuta, sente, vê, cheira e escreve
descrever qualquer paisagem é um ato ingênuo,
pois ela se vivencia: é uma experiência, não um conceito
não responder, as vezes, é mais libertário do que dizer algo
a escrita propõe um segmento, as vivências des-segmentam-se
a diferença brota do nada vivenciado e o que importa agora é brotar
vê se faz sentido pra você o que lê
antes de levar à sério e seguir a risca
| as coisas continuam sempre as mesmas |
| enquanto as encaramos com os mesmos olhos |
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quer saber como ler o que escrevo?
r.: lendo.
é livre a reprodução total ou parcial do que esta escrito!
viva a pirataria!
trechos do livreto, escritos entre junho e outubro de 2007
por volta de pouso alegre, minas gerais
por bruno nobru, os lugares onde passo, as pessoas que convivo,
as coisas que escolho para mim, as músicas que escuto, os textos
e livros que leio, as viagens que surgem..
enfim, toda a paisagem
interpretar
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