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25.3.12

são as chaves




a noite chove
silencio
o tempo para
eu penso penso


os dispositivos
as intervenções
as possibilidades
são chaves

23.7.11

onde for

a vida vai acontecendo
uma hora num lugar, outra noutro
seja onde for..

numa constante negação e afirmação do ser

o negócio é respeitar o silêncio
observar estrelas
e nada mais

29.4.11

silêncio

o silêncio é preciso
reconhece os limites do corpo..

uma foto tenta "guardar"
a sensação do momento
tal como o texto
é passageiro

outro dia
a interpretação muda
sem nem avisar

10.10.10

quem tem medo de mudança?

cada ser imerso em suas viagens..
teleguiado por clichês, procurando diferentes opções,
escolhe uma postura qualquer e a carrega como sua religião..
e quando afirma sua escolha como única e verdadeira
se fecha em cascas de valores, conceitos e agrotóxicos..

é fácil mudar quando se muda uma vez só,
mas tudo flui todo o tempo e mudança requer consciência
de não saber muito bem se o que se sabe seja o que é
depois que escuta o silêncio, nunca mais se torna o mesmo

19.8.09

sugestão

sugiro ler com pausas
em silêncio

respirando

e sentindo
o que se faz

18.7.09

leitura, vida e silêncio

tal como a leitura
a escrita precisa também
de silêncios
espaços
pausas
nadas


tempos para que o leitor
se sinta enquanto lê
e perceba também
a distinção
entre o livro
e si mesmo

entre os pensamentos
e sentimentos
riscados no livro
e seus próprios

25.6.09

setas no ar

..belas neblinas
onde se enrolam e se desenrolam
sentem e experimentam fluidos

vidas, lugares,
momentos..

que a brisa soe leve
em seus galhos
com ares de camomila

belas palavras
não compõem caminhos,
muitas vezes
o que mais vale
é o silencio

6.5.09

silêncio

vou fazendo desenhos
o que atrapalha é o pensar
-julgar
paralisa, prova, justifica
o que se vê, o que se sente

o tempo vago é pré-enchido
com neuroses de defesa do silêncio
medo do vazio, do nada

limita-se o tempo de sentir
divide-o em prestações
sessões de terapia ou meditação
-em reclusão
ainda assim, pouco se vive

a carência de ser, de sentir
de se ser, de se sentir
se abre com fogo

31.3.09

protozoários

bactérias, parasitas
dentro de mim
me substituem
como a serpente abocanha
silenciosa e destrutiva
passeiam adentro
me adoece e paralisa
mata lentamente

pouco importa que dia é hoje
parece ontem e anteontem..
um comentário imbecil
surge vez ou outra
e o que se sente
já pouco se sabe
pouco se sente
pouco

15.5.07

a noite


local onde se escondem
as criaturas solitárias
que preferem não ser vistas na claridade:
morcegos, corujas, prostitutas, drogados,
seres anti-sociais

que durante o dia são homens-sérios,
empresários, lojistas, advogados,
falsos hipócritas...
sumam da noite seus malditos
da noite suave que se perde,
a noite dos hiperbóreos

todos os seres sórdidos
sonhados e temidos,
andando na calada
distantes dos que odeiam e dos que são odiados,
caminham como felinos

me lembro daqueles colegas de escola
os bagunçeiros, os tímidos
odiados e queridos: diferentes,
particulares, sinceros, autênticos

dores na coluna,frio..
a noite gostosa, espaço diferente
o cheiro do esgoto se esconde na poluição do dia
o calor do esgoto
tornam-se evidentes sem o trânsito,
a noite de trabalhadores noturnos
- momento solitário -
onde o som de meus passos me acompanham

enquanto isso
alguns tomam a noite como casa,
quarto, sala, cozinha, banheiro..
e querem sua privacidade
ao menos - neste momento - respeitada

luzes ligadas,
as normas da cidade não param,
habitam no homem a noite toda
para que este deixe distanciado
o seu escuro, sincero e autêntico
eu:
de lado, calado e adormecido.

.

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