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13.8.14

acordei e saiu

voce não me conhece
nem eu te conheco
tampouco somos
um eu ou um voce
mas somente
e ao mesmo tempo
tantas
possíveis realidades
virtuais
em potencia
expandindo ou contraindo

cada linha desse texto
pode levar-nos
a outros caminhos
se estamos lendo
então
já estamos
em outros caminhos

a qualquer momento
podemos parar de ler
e sair para andar
ou fazer qualquer
outra coisa
que nos interessar
somos livres
até mesmo
para não fazer

18.9.13

sentidos rizomáticos

após publicar um texto
o sentido dele não está mais somente no autor,
mas na interpretação que cada leitor fizer dele..

o facebook é onde se fala para todos
e, ao mesmo tempo, para ninguém,
mas o grande intuito é falar para si mesmo

a rede se configura um espaço rizomático
de trocas e possibilidades,
criações e interações que proprocionam
outras formas de relações

quando o leitor lê o autor
ele lê a si mesmo

16.12.10

mandu sem fronteiras

(capa do livro 'Mandu Sem Fronteiras')
as coisas vão se fazer fazendo
em conexões entre pessoas e objetos
e conexões entre eu comigo mesmo

todos os modos de subjetividade são lícitos

cada um é um planeta
com espaços, territórios, expansões
voando sobre paisagens num pluriverso
acontecendo entre uma e outra vivência

a torrente faz rizoma com a vida
e nós fazemos rizoma com os pares
com os mares e o mundo
por mais imundo que este pareça ser

raízes, galhos e travessias,
o que acontece entre o nascimento e a morte
cada um com seu tempo de vida e de pausa

(escrito por volta de 2009, publicado no livro: Mandu Sem Fronteiras.
Realização: Núcleo Artenativo de Pesquisas em Arte, 2009/2010)

18.10.10

ritos de início

improvisos sonoros por rizomáticos, fotos por fábio zappa
bruno (violão, voz), éderson (flauta, percussão, voz), bruna (flauta, percussão e voz)
pouso alegre, minas gerais, outubro de 2010

15.1.10

butoh do corpo próprio

o corpo movimenta o próprio corpo

os movimentos partem de dentro,
não de fora
onde..
movimentando-se geram cada vez mais movimentos
(parado gera mais inércia, medo e clausura)

e percebendo cada canto do corpo
suas vibrações, seus graus de equilíbrio e desequilíbrio
desde o fio de cabelo até as unhas do pé
de como age e como se interage com seres, objetos e espaços
como partes e como todo
uno-corpo-pluri-rizoma

8.7.09

meristema apical

simples variações de notas, entre lá e si, onde foram surgindo improvisos livres
com a primeira gravação, fiz a segunda.. escutando as duas saiu a terceira e assim a quarta..
somado as cenas em pb (binário), abstratos que vão se compondo, tal como a musica flui..

25.6.09

setas no ar

..belas neblinas
onde se enrolam e se desenrolam
sentem e experimentam fluidos

vidas, lugares,
momentos..

que a brisa soe leve
em seus galhos
com ares de camomila

belas palavras
não compõem caminhos,
muitas vezes
o que mais vale
é o silencio

11.6.09

leituras e vivências

muitos dos que dizem saber o que leram
não sentem sequer uma gota
das palavras que leram..
se aprimoraram em dizer que sabem
e deixaram de lado a experiência,
o sabor e o sentir..

não é entendendo as palavras
que se compreende algo,
mas entrando num estado de confusão
e abstração de sentimentos e idéias
vivenciadas corporalmente
que se absorvem os rabiscos

palavras tentam expressar experiências
mas para alguns, são só rabiscos
...estão para expandir existencias

24.4.09

soubern


deixe-o ir

próximo, distante, cor uma, cor outra
multidão no inconsciente - matilhas de meus eus
..jogos com mitos

22.2.09

a torrente



as coisas vão se fazer fazendo..
em conexões entre pessoas e objetos
e conexões entre eu comigo mesmo

todos os modos de subjetividade são lícitos

cada um é um planeta
com espaços, territórios, expansões
voando sobre paisagens num pluriverso
acontecendo entre uma e outra vivência

a torrente faz rizoma com a vida
e nós fazemos rizoma com os pares
com os mares e o mundo
por mais imundo que este pareça ser

raízes, galhos e travessias,
o que acontece entre o nascimento e a morte
cada um com seu tempo de vida e de pausa

12.8.08

sou árvore

minha raíz é meu passado
- minha história

meus galhos são meus caminhos
- que estou percorrendo

e minhas folhas são lançadas por onde passo:

nas palavras que falo,
nos riscos que escrevo,
nos sons que emito,
e até no grito que não gritei.

15.6.07

escovada de dentes

o tempo pinga na cabeça de quem pensa e parece escasso num espaço deserto quando avistado do por seus extremos..
o contrário parece certo, porém complica quando se movimenta em altas freqüências..
será que vai dar tempo? e se pra nós der, como será para os que vierem?
o tempo será vendido a vácuo, enlatado, com cores e sabores diferentes.. será o tempo do tempo?

escova os dentes, limpa a gengiva! acerta o penteado, corre pro atraso!
eu sou suscetível as razões.. há razões que se enquadram em lugar algum, apenas em mim
quero ser, a construção erguer, pois fazer e sentir são coisas análogas ao viver
e pensar não convém agora, já que tudo flui e pode acabar, agora tenho que gritar..

a doença faz sentido, quando se vive, num mundo doente
tem gente passando na rua, mas não é gente, é máquina, tem um ar de vazio, um gosto de nada
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gravado em maio de 2007, no sarau artenativo, teatro municipal de pouso alegre
filmagem: ju e reginaldo, edição de vídeo: bruno nobru

9.5.07

percebendo meu corpo

o que convém
o que não convém
o que se compõe com ele
o que tende a decompô-lo
o que aumenta sua força de ser
o que a diminui
o que aumenta a potência de agir
o que a limita ou a enfraquece
o que resulta em sentimento de bem-estar
o que resulta em sentimento de mal-estar

desdobrar minha potência de agir
meu poder de afetar
de ser causa direta de minhas ações

e não permanecer obedecendo
a causas externas
padecendo delas
estando sempre a mercê

.

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