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25.10.11

o pouco

um cigarro depois o outro
um cigarro depois o outro
mais uma noite de insônia
o que há contigo, eu?

o tempo leva e traz
um emaranhado de coisas
que se resumem em vida

de cá pra lá
o sonho continua vivo

amanhã é outro dia

29.4.11

silêncio

o silêncio é preciso
reconhece os limites do corpo..

uma foto tenta "guardar"
a sensação do momento
tal como o texto
é passageiro

outro dia
a interpretação muda
sem nem avisar

29.9.10

o dia-a-dia

(trecho de bruno nobru, desenho por gustavo daher)

3.6.10

cuspindo tribos

cada dia estou alguma coisa
prefiro os que me sinto bem

a vida é uma viagem
onde cada um cria a sua

indo livre pra buscar
sendo ar, fogo ou nada..

18.2.10

riscando a própria mão

tanto faz a hora ou o dia que estamos
o calendário ocidental é mera especulação..
a vida segue em curvas e riscos
(não é circular, nem espiral)

dias e horários induzem caminhos..
há que seguir pela intuição
a seu próprio horário e calendário
riscando a si mesmo
fazendo sua própria mão

23.10.09

a morte de cada dia

o presente não é o futuro
o futuro é o futuro,
ele não está presente..


de vez em quando é bom morrer
a morte acontece a cada dia,
tal como a vida

6.8.09

h-umanos

de dia são marcas

pela noite, papéis

e o vírus está no ar..


20.7.09

muitos nadas

dias brancos, dias azuis, dias
noites passam, tempo
vida casa, nada
muito

31.3.09

protozoários

bactérias, parasitas
dentro de mim
me substituem
como a serpente abocanha
silenciosa e destrutiva
passeiam adentro
me adoece e paralisa
mata lentamente

pouco importa que dia é hoje
parece ontem e anteontem..
um comentário imbecil
surge vez ou outra
e o que se sente
já pouco se sabe
pouco se sente
pouco

12.11.08

muito

dias brancos
dias azuis
dias

noites passam
tempo

vida casa
nada
muito

2.11.07

tudo é possível

a escrita é criadora,
com ela se cria o que se quer escrever
e se cria o que se quer viver
cria, estabelece, destrói, re-estabelece
desfaz e re-faz a vida


tudo é muito mais do que se vê, e muito simples
as relações são assim mesmo:
um dia você está com uma pessoa,
outro dia está com outra..
e não vai ser o que você acha,
mas o que você sente;
o que vão corresponder um ao outro
e o que vai te fazer recordar...

as pessoas se unem
por configurações aproximadas de cada um,
tendências e momentos,
espaços, cores e sons..
o amor está aí no 'entre' as coisas,entre eu e você

você é sua maior culpa,
você se cria e se estabelece como voce é
a ca da se gun do
enquanto continua sendo o que se é;
até que um dia
resolva mudar algo

ou sinta diferente..

é simples,
está muito claro,
é só viver o que se sente;
mas para isso precisa
se sentir consigo mesmo
e rasgar todos os valores
de sentimentos prontos e alheios
que aprendemos com os outros:
todos os certos e errados,
todos os reprimidos e incentivados

desaprender para se ter de volta
à si mesmo
aquilo que lhe foi negado,
esquecido e negligenciado
por todos esses anos:
a sua existência,
seus sentimentos mais puros,
o seu amor, o seu ódio
e até o seu sentimento
de paz consigo mesmo
por ser o que se é
e agir como sente


há também que se caminhar
no sentido contrário
de tudo o que nos empurram
dia-a-dia goela abaixo,
e negar estes para se afirmar
o ser que é, o que sente e o que quer

partindo disso, se des-fazer
e se re-criar,
sabendo que tudo é possível

11.9.07

trechos paisagísticos 2

muitos passados se revivem no dia-a-dia

e, se o relógio estiver sempre errado?

um mineiro abre a janela,
no meio da conversa do casal
e, pra cumprimentar,
corta a conversa -sem noção

as coisas não têm medo delas mesmas
as coisas são de ninguém;
há coisas no ar para serem pescadas
muitas andam por aí, dum lado pro outro
algumas bem perto de mim

poucos os que merecem minha atenção
quanto mais o meu aperto de mão;
desprezo os que antipatizo
e antipatizo os que antipatizo,
por diversos fatores e circunstâncias
antipatizo e pronto,
nem tô com saco pra escrever o por quê,
antipatizo e ponto.

estou para-além deste texto
para cuspir, pular, criar e voar...

a gente pensa que sabe como a gente é
acha que se descobriu e tem certeza
de como vai agir em cada situação e circunstância
e se esquece que a vida é muda e que gente muda..
depois percebe que não adianta muito saber
porque também cada situacao é uma
e cada momento leva a um diferente movimento..

5.12.06

de enquanto para talvez (2006)

casas diferentes
um sofá por dia
cada um mantendo grupos de esquemas
de como lidar com outros
e com ambientes que convivem
os vermes permanecem vermes
enquanto nao lhes dao outros nomes

(final de 2006)

.

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