encaro a criação de arte como um processo resultante da relação entre o corpo-subjetivo e o corpo-instrumento, sentindo e experimentando livremente, dispensando intermédios teóricos, estéticos ou conceituais..
os modelos previamente estabelecidos interrompem com a espontaneidade e a identidade subjetiva individual, transformando a arte em meio de produção alienado (não-nosso) nos distancia de nossa criação, sendo o resultado algo alheio..
não acho que a composição artística seja somente uma questão de apreciação egoísta, mas algo imerso em valores, onde cada paradigma utilizado representa conceitos a ele agregados, que lhe afetam e o tornam um dispositivo afetante..
toda arte exerce uma ação no ouvinte que não é somente de agrado, há sensações e ideologias imersas a produção e reprodução..
cada artista utiliza de prerrogativas de composição, resultantes de vivências subjetivas e da relação do interno com o externo.. dessas vivências agregam-se valores e conceitos, podendo se reproduzir em musica, escrita, filosofia, pintura, ou qualquer outra manifestação humana..
neste sentido, arte e música se faz com corpo todo, sendo puro reflexo do corpo.. essa arte que incentiva a liberdade não é arte para massas, mas para pequenos grupos de pessoas, para os que se identificarem com a energia e a vibração dela..
para a liberdade de criação, execução e escuta.. contrária a ideologia de mercado ou padrões, pode parecer absurdo, mas estamos desacostumados..
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