encaro a criação de arte como um processo resultante da relação entre o corpo-subjetivo e o corpo-instrumento, sentindo e experimentando livremente, dispensando intermédios teóricos, estéticos ou conceituais..
os modelos previamente estabelecidos interrompem com a espontaneidade e a identidade subjetiva individual, transformando a arte em meio de produção alienado (não-nosso) nos distancia de nossa criação, sendo o resultado algo alheio..
não acho que a composição artística seja somente uma questão de apreciação egoísta, mas algo imerso em valores, onde cada paradigma utilizado representa conceitos a ele agregados, que lhe afetam e o tornam um dispositivo afetante..
toda arte exerce uma ação no ouvinte que não é somente de agrado, há sensações e ideologias imersas a produção e reprodução..
cada artista utiliza de prerrogativas de composição, resultantes de vivências subjetivas e da relação do interno com o externo.. dessas vivências agregam-se valores e conceitos, podendo se reproduzir em musica, escrita, filosofia, pintura, ou qualquer outra manifestação humana..
neste sentido, arte e música se faz com corpo todo, sendo puro reflexo do corpo.. essa arte que incentiva a liberdade não é arte para massas, mas para pequenos grupos de pessoas, para os que se identificarem com a energia e a vibração dela..
para a liberdade de criação, execução e escuta.. contrária a ideologia de mercado ou padrões, pode parecer absurdo, mas estamos desacostumados..
Mostrando postagens com marcador composições. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador composições. Mostrar todas as postagens
16.6.11
3.9.10
a comunicação gera incomunicação
criação sonora conceitual, construida partindo da frase de juan e. diaz bordenave
"a comunicação gera incomunicação", com colagens de vozes, inclusões de sons e ruídos
composta por bruno carrasco, em 2001, são paulo (sp).
cenas gravadas por gustavo daher, bruno nobru. edição de vídeo: gustavo daher, 2010
19.9.03
a incomunicação gera comunicação
representação visual de "a incomunicação gera comunicação",
re-criação da "a comunicação gera incomunicação" (2001)
para a apresentação de uma performance na
faculdade são marcos (são paulo, sp), em setembro de 2003.
gravação original:
14.6.02
andando e sacando o som
composta em sp, 2002, com objetos acústicos e interferências eletrônicas sobre as gravações,
vozes por fernando garcia, vídeo gravado em 2010, pouso alegre, com interferências ambientes
4.4.01
deixe o som ir
emita um som qualquer, usando a intensidade que desejar.
a execução termina quando se deixa de emitir sons e não demonstra nenhuma falta de emitir som por sua intenção.
observação/importante:
-os sons podem ser feitos por meio de qualquer emissor sonoro (e quantos quiser);
-os sons emitidos não precisam se suceder em consonância;
-não é necessário estabelecer um ritmo ou andamento durante a execução dos sons;
-o resultado sonoro não precisa soar harmônico ou coerente;
-procure não tocar nenhuma seqüência já anteriormente preparada ou preconcebida;
-se quiser pode-se manter uma interação do som que se produz com o 'som ambiente' (dependendo do espaço em que estiver) ou com o silêncio (relativo);
-se caso fizer algum som que não for agradável a si mesmo, deixe-o terminar (até parar de soar) e inicie o processo novamente.
dicas:
-ouça o som, perceba o som, sinta o som;
-ouça o silêncio (relativo), perceba o silêncio (relativo), sinta o espaço;
-nenhum som emitido tem mais importância que o outro;
-nenhum som 'não-emitido' tem mais importância que outro;
-ao "término" da música o que acaba é a execução, pois a música em si nunca acaba, ela está o tempo todo sendo executada, basta querer parar para escutar.
deixe-o soar o tempo que julgar necessário ou o tempo que ele próprio possa manter soando.
se quiser, deixe (em alguns momentos) soar o silêncio (relativo) no período de tempo em que julgar necessário.* repita esse processo quantas vezes desejar *
a execução termina quando se deixa de emitir sons e não demonstra nenhuma falta de emitir som por sua intenção.
observação/importante:
-os sons podem ser feitos por meio de qualquer emissor sonoro (e quantos quiser);
-os sons emitidos não precisam se suceder em consonância;
-não é necessário estabelecer um ritmo ou andamento durante a execução dos sons;
-o resultado sonoro não precisa soar harmônico ou coerente;
-procure não tocar nenhuma seqüência já anteriormente preparada ou preconcebida;
-se quiser pode-se manter uma interação do som que se produz com o 'som ambiente' (dependendo do espaço em que estiver) ou com o silêncio (relativo);
-se caso fizer algum som que não for agradável a si mesmo, deixe-o terminar (até parar de soar) e inicie o processo novamente.
dicas:
-ouça o som, perceba o som, sinta o som;
-ouça o silêncio (relativo), perceba o silêncio (relativo), sinta o espaço;
-nenhum som emitido tem mais importância que o outro;
-nenhum som 'não-emitido' tem mais importância que outro;
-ao "término" da música o que acaba é a execução, pois a música em si nunca acaba, ela está o tempo todo sendo executada, basta querer parar para escutar.
Assinar:
Postagens (Atom)
.
Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - CompartilhaIgual 3.0 Brasil.
o conteúdo pode ser compartilhado, citando o nome do autor e não usando para lucro