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16.6.11

arte e corpo

encaro a criação de arte como um processo resultante da relação entre o corpo-subjetivo e o corpo-instrumento, sentindo e experimentando livremente, dispensando intermédios teóricos, estéticos ou conceituais..

os modelos previamente estabelecidos interrompem com a espontaneidade e a identidade subjetiva individual, transformando a arte em meio de produção alienado (não-nosso) nos distancia de nossa criação, sendo o resultado algo alheio..

não acho que a composição artística seja somente uma questão de apreciação egoísta, mas algo imerso em valores, onde cada paradigma utilizado representa conceitos a ele agregados, que lhe afetam e o tornam um dispositivo afetante..
toda arte exerce uma ação no ouvinte que não é somente de agrado, há sensações e ideologias imersas a produção e reprodução..

cada artista utiliza de prerrogativas de composição, resultantes de vivências subjetivas e da relação do interno com o externo.. dessas vivências agregam-se valores e conceitos, podendo se reproduzir em musica, escrita, filosofia, pintura, ou qualquer outra manifestação humana..

neste sentido, arte e música se faz com corpo todo, sendo puro reflexo do corpo.. essa arte que incentiva a liberdade não é arte para massas, mas para pequenos grupos de pessoas, para os que se identificarem com a energia e a vibração dela..

para a liberdade de criação, execução e escuta.. contrária a ideologia de mercado ou padrões, pode parecer absurdo, mas estamos desacostumados..

3.9.10

a comunicação gera incomunicação

criação sonora conceitual, construida partindo da frase de juan e. diaz bordenave
"a comunicação gera incomunicação", com colagens de vozes, inclusões de sons e ruídos
composta por bruno carrasco, em 2001, são paulo (sp).
cenas gravadas por gustavo daher, bruno nobru. edição de vídeo: gustavo daher, 2010

19.9.03

a incomunicação gera comunicação


representação visual de "a incomunicação gera comunicação",
re-criação da "a comunicação gera incomunicação" (2001)
para a apresentação de uma performance na
faculdade são marcos (são paulo, sp), em setembro de 2003.

gravação original:

14.6.02

andando e sacando o som

composta em sp, 2002, com objetos acústicos e interferências eletrônicas sobre as gravações,
vozes por fernando garcia, vídeo gravado em 2010, pouso alegre, com interferências ambientes

4.4.01

deixe o som ir

    emita um som qualquer, usando a intensidade que desejar.
    deixe-o soar o tempo que julgar necessário ou o tempo que ele próprio possa manter soando.
    se quiser, deixe (em alguns momentos) soar o silêncio (relativo) no período de tempo em que julgar necessário.

* repita esse processo quantas vezes desejar *

     a execução termina quando se deixa de emitir sons e não demonstra nenhuma falta de emitir som por sua intenção.

observação/importante:
     -os sons podem ser feitos por meio de qualquer emissor sonoro (e quantos quiser);
     -os sons emitidos não precisam se suceder em consonância;
     -não é necessário estabelecer um ritmo ou andamento durante a execução dos sons;
     -o resultado sonoro não precisa soar harmônico ou coerente;
     -procure não tocar nenhuma seqüência já anteriormente preparada ou preconcebida;
     -se quiser pode-se manter uma interação do som que se produz com o 'som ambiente' (dependendo do espaço em que estiver) ou com o silêncio (relativo);
     -se caso fizer algum som que não for agradável a si mesmo, deixe-o terminar (até parar de soar) e inicie o processo novamente.

dicas:
     -ouça o som, perceba o som, sinta o som;
     -ouça o silêncio (relativo), perceba o silêncio (relativo), sinta o espaço;
     -nenhum som emitido tem mais importância que o outro;
     -nenhum som 'não-emitido' tem mais importância que outro;
     -ao "término" da música o que acaba é a execução, pois a música em si nunca acaba, ela está o tempo todo sendo executada, basta querer parar para escutar.

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