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12.5.11

trecho corporal


da série dos corporais, utilizando violão e voz como extensão do corpo,
acontecendo num improviso fluindo com o momento, fevereiro de 2011

29.4.11

silêncio

o silêncio é preciso
reconhece os limites do corpo..

uma foto tenta "guardar"
a sensação do momento
tal como o texto
é passageiro

outro dia
a interpretação muda
sem nem avisar

22.6.10

ser um corpo solto

a busca de diferentes povos vai convergindo uma sintaxe em si
acontecendo no momento onde as coisas acontecem

sendo consigo próprio de dentro para fora, de fora para dentro
tão livre a ponto de se permitir a não ser o mesmo todo o tempo


5.2.10

tempos de acontecer

que o tempo do texto aconteça no seu
e que o seu aconteça no dele..


percebendo que cada coisa terá seu momento
de acontecer em nós


e que cada um de nós terá seu tempo
para acontecer em cada coisa

11.7.09

não faço poesia

escrevo minha vida
meus ares
minha sede
e minha des-razão

solto trechos em momentos
que não são parte
nem todo
só momentos..

sou este que não se define
e o que você vê
é o que sou
é o que não sou

25.6.09

setas no ar

..belas neblinas
onde se enrolam e se desenrolam
sentem e experimentam fluidos

vidas, lugares,
momentos..

que a brisa soe leve
em seus galhos
com ares de camomila

belas palavras
não compõem caminhos,
muitas vezes
o que mais vale
é o silencio

18.6.09

ficam talvez

ela usa, ele nao, ficam talvez,
vidas passando na rua augusta
arvore parada, arvore andando
circunflexos..

tempos lentos, seguem marchas
ilhas, dias, fasciculos, periodicos
folhas caidas, folhas nascem
momentos

cenas passam
automoveis fabricando ruido
e a estetica do jardim
parado ou andando
alguem morre
alguem nasce

11.9.07

trechos paisagísticos 2

muitos passados se revivem no dia-a-dia

e, se o relógio estiver sempre errado?

um mineiro abre a janela,
no meio da conversa do casal
e, pra cumprimentar,
corta a conversa -sem noção

as coisas não têm medo delas mesmas
as coisas são de ninguém;
há coisas no ar para serem pescadas
muitas andam por aí, dum lado pro outro
algumas bem perto de mim

poucos os que merecem minha atenção
quanto mais o meu aperto de mão;
desprezo os que antipatizo
e antipatizo os que antipatizo,
por diversos fatores e circunstâncias
antipatizo e pronto,
nem tô com saco pra escrever o por quê,
antipatizo e ponto.

estou para-além deste texto
para cuspir, pular, criar e voar...

a gente pensa que sabe como a gente é
acha que se descobriu e tem certeza
de como vai agir em cada situação e circunstância
e se esquece que a vida é muda e que gente muda..
depois percebe que não adianta muito saber
porque também cada situacao é uma
e cada momento leva a um diferente movimento..

22.5.06

a poesia é momentânea

a poesia tambem é momentânea

certos momentos ela se encaixa como
       uma luva, dando a ilusão
       de ser bela e perfeita

outros momentos nao faz sentido algum
torna-se um lixo, inutil e desprezivel

29.1.06

café com cigarro a tarde

o café já está com gosto de cigarro
o cigarro nao esta mais nada
e me faz ter vontade de ir ao banheiro
a vida já esta com gosto de água nova
eu já nao estou mais tão sem mim
e me sinto mais vivo
a cor da cinza nao é bem cinza
e os olhos se fecham
ao pensar que num momento anterior tudo acontecia
mas tudo era mentira

a cor não ha mais
nao ha mais o antes
nao ha mais o depois
somente o talvez

e sentindo mais ou menos assim estou no momento
pressionando botoes com as pontas dos dedos
e fumando a mim mesmo.

.

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